O criador de Naruto , Masashi Kishimoto, visitou a França para um evento especial realizado pela EditionsKana, onde participou de entrevistas entre os dias 24 e 25. Hoje, 25 de agosto de 2024, foi realizado um evento chamado La Konoha Experience, e ele respondeu uma pergunta que os fãs sempre fizeram.
Lembram que o começo de Naruto dava muito atenção sobre o trabalho duro superar o talento natural, mas de repente o Naruto era a criança da profecia, destinada a ser incrivelmente forte? Pois é, Kishimoto foi questionado a respeito disso, e ele deu resposta bem interessante.
Pergunta: O começo de Naruto frequentemente colocou ênfase no mérito e no esforço (como Guy, Naruto ou Rock Lee), mas no final percebe-se que Naruto é uma espécie de “escolhido”?
Kishimoto: “Essa é uma pergunta muito difícil e muito importante. No início, eu desenhava pensando que Naruto era de uma classe social inferior. Eu sentia que ele se parecia comigo, eu queria ser admirado, mas coloquei tudo o que eu tinha em Naruto. Eu queria ser reconhecido por todos. Com o tempo, as pessoas começaram a valorizar minha arte e eu me senti realizado. Mas então veio a dúvida: eu deveria continuar desenhando Naruto? A pressão era grande, mas decidi continuar. Vou desenhar essa resposta em um mangá um dia! Tenham paciência!”
Então, qual a moral da história?
Qual a moral da história? Kishimoto expressa nesse trecho que ele se identificava com o Naruto, como alguém buscando reconhecimento e admiração, por isso a história tem ênfase no mérito e esforço (trabalho duro). Mas então vem uma virada: Naruto ganhou muito reconhecimento e surgiu a questão sobre ele continuar, colocando uma grande pressão nos ombros do autor. Talvez por pressão dos editores.
Teria sido nesse ponto que a série teria começado a andar mais pelo lado do “talento natural”, onde a série começou a aumentar as apostas, deixando de lado parte do “esforço duro”. Mas o autor deixa em aberto a possibilidade de desenhar esses sentimentos em uma futura história.